terça-feira, 31 de maio de 2011

Como prometido (parte 2)


Rambo:

Desta pequena criatura tenho tanto para dizer.

O Rambo veio directamente importado da Alemanha, o meu pai ainda lá vivia (isto em 2001) e acabou por trazê-lo no mês de Julho/Agosto, não sei ao certo. O meu pai sempre que telefonava dizia que ia trazer um cachorro, um chiuaua, e eu ficava sempre em pulgas. Quem não ficava assim tão feliz era a minha mãe e a minha irmã, a minha mãe porque não queria ter mais cães em casa e a minha irmã porque dizia que assim o Noky ia deixar de ter a atenção só para ele.

Mas, chegou o dia em que o meu pai veio de férias a Portugal e eu e a minha mãe fomo-lo buscar ao aeroporto, a Lisboa, e qual não foi o meu espanto quando o vejo a entrar dentro do carro alguma coisa que se parecia com um morcego, super pequeno e com umas orelhas maiores que a cabeça, e o que era aquela criatura? Bem, era uma coisa que futuramente se viria a chamar Rambo, nome que foi dado pelo meu pai.

O Rambo desde o primeiro dia em que o conheci não quis nada comigo, nunca simpatizou comigo e ainda hoje não consegui estabelecer uma relação de amor pleno com ele, mas ele lá tens os seus motivos.

Ao início era a delícia da família e da Vila, até a minha mãe e a minha irmã se deixaram conquistar. Nunca foi um cão muito sociável, não dava confiança a ninguém a não ser ao meu pai, à minha mãe, à minha irmã e ainda ao meu cunhado. A mim? Oh, meus amigos…isso era o que eu queria, mas com a idade que eu tinha era um pouco impossível visto que eu só lhe sabia fazer mal, todas as semanas ele me mordia, pois, eu simplesmente não resistia a provocá-lo e ele respondia-me com uma bela mordidela :D

A verdade é que ele agora já tem 10 anos, está velhinho, mas com a velhice veio um pouco mais de paciência da parte dele e um pouco mais de juizinho da minha parte e agora é rara a vez em que ele me morda :P

Está a ficar velho, cheio de pelinhos brancos debaixo do focinho e à volta dos olhos e a ver mal, são coisas da velhice.

Arrisco-me a dizer que já passei uma boa parte da minha vida com ele, foram muitos dias, muitas horas, muitos minutos e até segundos a viver com ele e espero que esse tempo se volte todo a repetir. A verdade é que apesar de não sermos os melhores amigos, eu sei que vou sentir imensa falta dele quando ele partir, mas que tal viver o agora e aproveitar a companhia dele? É exactamente o que eu vou fazer aproveitar enquanto o tenho ao meu lado.

LOVE YOU

10 Anos não se esquecem assim!

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